Contando com a captação de novos alunos no meio de ano? Foque no longo prazo

Blog Author Avatar

Gabriel Lobo

Diretor Executivo

Postado em:

2/4/2024

Captação de Alunos

Andei conversando com alguns mantenedores e diretores (alguns até mais focados no segmento da Educação Infantil) na última semana e muitos me relataram a mesma coisa: um sentimento de que a procura, visitação e até mesmo matrículas era maior quando olhávamos para a mesma época dos anos anteriores.

De fato, se pararmos para fazer uma breve análise do contexto de Maio de 2022, já entendemos que, racionalmente, o cenário permitia que a procura fosse maior, sem muito esforço além do normal:

  • Primeiro início de ano dos últimos dois em que se estava em uma condição sem isolamento/restrição das escolas;
  • O mesmo para os trabalhos, em que alguns começavam a desenhar um cenário mais híbrido e com necessidade presencial;
  • Muitas famílias tendo adiado por alguns anos suas decisões de troca, esperando, muitas vezes, por motivos financeiros e de economia.

Mas uma coisa que sempre me alerta neste tópico, especialmente em comparativos, vai além do que o cenário da captação de meio de ano, fim de ano, do ano X ou do ano Y. O que me chama a atenção é: sempre que o que vem do lado da escola é um sentimento (usualmente de medo e receio) e não algo em que se pode embasar, analisar, acompanhar e, principalmente, que se possa agir.

Dentre todos que falei, não existiu um consenso: o problema é na quantidade de procura? Ou a procura está ok e o comprometimento e número de visitas que caiu? Ou ainda, até têm visita, mas nada de fechar?

Sei que todos são problemas possíveis e que isso vai, com toda a certeza, variar de escola para escola, mas o meu ponto aqui é: como é possível agir em cima de algo que não é concreto, visível, que se consiga medir? A escola fica refém de duas coisas: do contexto que ela está inserida (que ela já não controla mesmo e que dá medo) e ainda do seu próprio contexto interno – sem saber onde e qual problema existe e sem possibilidade de resolvê-lo.

Convido vocês que acompanham essa troca semanal a refletirem em cima também daquilo que é possível fazer quando se tem o que olhar e comparar, de verdade, com anos anteriores.

Esse gráfico é da atuação de uma escola que, há anos, vem guardando e analisando os dados, inclusive de entrada. Quando diante de uma realidade de quase 10 semanas em que se via pior que até mesmo o ano da pandemia, agiu em cima das ações de Marketing, de campanha e na forma de criar, acompanhar e soltar rápido novos materiais e conseguiu, progressivamente, semana a semana, melhorar até o fim do ciclo.

E mesmo que o argumento possa ser de que “esse foi um ano diferente” (e que realmente pode ter sido – sempre será possível usar essa desculpa rs), será que ela conseguiria aumentar tanto a entrada se não tivesse agido? Será que o resultado viria nessa proporção?

Bom, para isso jamais teremos resposta, mas uma coisa é certa: ela se ateve unicamente aos fatores que ela controla para agir ainda dentro do ciclo nos seus problemas. E deu certo. Mas, isso só foi possível porque em 2020 (até antes, na verdade), ela já havia começado a controlar seus dados e números.

Enfim, esse é meu convite para vocês: reflitam no que estão fazendo para tornar a sua escola um lugar com menos medo e receio do desconhecido, do externo, do incontrolável e comece a trabalhar com os dados e com aquilo que você pode, de fato, agir. Ações que vão  ajudar no longo prazo da escola.

E caso queira bater um papo e conversar mais sobre o assunto, basta responder o e-mail que marcamos um café virtual (e quem sabe até presencial) sobre a temática! :)

Abraços!

Artigos populares