Tenho tido conversas enriquecedoras com diversos mantenedores e diretores de escolas por todo o país, de ponta a ponta, de norte a sul.
Uma característica marcante é o rico repertório desses profissionais na área da educação. Suas trajetórias são verdadeiras fontes de sabedoria, repletas de práticas bem-sucedidas que foram aprimoradas ao longo dos anos, muitas vezes de forma intuitiva, sem uma formalização teórica. A educação, para mim, sempre foi sobre aprender através da repetição e da constante evolução.
No contexto da captação de novos alunos, essa ideia não poderia ser mais aplicável: é necessário um constante processo de aprimoramento, uma análise constante, a redefinição de estratégias e a exploração de novos caminhos. E, aliado a essa expertise acumulada ao longo dos anos, é crucial incorporar o uso de dados. É sobre isso que pretendo discutir com vocês nas próximas semanas.
É comum que esses gestores tenham uma boa compreensão de onde seus alunos estão localizados geograficamente, muitas vezes concentrados em áreas próximas, dentro de um raio de até 2 km (embora isso possa variar de cidade para cidade). No entanto, será que estão considerando completamente o panorama geral ao seu redor? Todas as oportunidades estão sendo exploradas? Existem ameaças ou pontos cegos que não estão sendo considerados?
Faço essa provocação porque é essencial compreender a base de alunos ao longo do tempo. O que mudou no cenário pós-pandemia em comparação com o que existia antes? Será que há regiões que antes traziam muitos alunos e agora não o fazem mais? Ou áreas que se tornaram mais relevantes para a sua escola?
Considere o caso dessa escola. Resumi os dados de apenas dois anos: em amarelo, 2019; em verde, 2021. Note que em 2019 havia uma região significativa em amarelo, mais abaixo, que deixou de existir em 2021. E, de forma semelhante, uma área em verde, acima, que passou a ter mais alunos dois anos depois. Independentemente das conclusões específicas, é evidente que houve uma mudança nos padrões da base de alunos, mesmo que a magnitude não seja enorme. O segredo para o crescimento bem-sucedido de uma instituição está na atenção meticulosa e na definição de estratégias.
Essa é a reflexão que gostaria de compartilhar com vocês, que me acompanham semanalmente. Ao unir dados à sua vasta experiência, tenho certeza de que colheremos frutos positivos, com paciência e dedicação. E se quiser discutir mais sobre esse assunto ou qualquer outro tema relacionado, basta responder a este e-mail para marcarmos um horário.
Um abraço!
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