A conversa que você não teve este semestre (e deveria)

A meta não está clara, o atendimento não está alinhado, e o roteiro virou suposição. Agora é a hora de tirar o “subentendido” de cena: conversar, documentar, definir o que é sucesso e quem responde por ele. Quem calibra agora volta em agosto com o time no mesmo jogo. Quem adia, descobre tarde demais que cada um operava uma versão diferente da mesma escola.

No meio da correria, a gente sempre acredita que está tudo claro.

A meta “todo mundo já sabe”.O roteiro de visita “está acertado”.O atendimento “pegou o jeito”.

Só que julho (corredor vazio, telefone quieto) prova o contrário. É quando aparecem as arestas que o barulho escondia: coordenador que nunca ouviu a meta em números, secretaria que não sabe o que é um atendimento “ótimo”, professor que segue sem entender onde o projeto de captação quer chegar.

E o ponto mais incômodo: o próprio gestor que não sentou com a equipe (nem consigo mesmo) para transformar expectativa em frase explícita.

  A conversa que falta não é reunião de cobrança nem discurso motivacional.  É alinhar de forma cirúrgica três coisas simples: o que se espera, como se mede e o que acontece se sair do trilho.

Apresentação de escola O que exatamente precisa acontecer para chamar de visita excelente?

Primeiro contato com a família Qual pergunta não pode faltar, qual prazo de resposta é aceitável?

Medição Qual número define sucesso semanal e quem puxa o freio se o gráfico cair?

Quem encara essa pauta agora utiliza a calmaria como calibragem fina. Volta em agosto sem improviso, porque o jogo já está combinado (e documentado). Quem empurra a conversa para “quando der”, descobre no pior momento que o time operava com versões diferentes da mesma escola.

A meta esquecida, o pedido implícito e o roteiro mal treinado não viram problema em setembro; já viraram agora, só estavam camuflados pelo fluxo do semestre.

Julho é o mês de tirar o subentendido de cena. Converse. Escreva. Confirme.Falha de comunicação é a única meta que sempre se cumpre quando ninguém fala sobre ela.

Um abraço